O Porto de Sines apresentou o seu Plano Estratégico para os próximos dez anos visando assumir-se como catalisador da rede portuária nacional e logística.
O Porto de Sines prepara-se para «mudança estrutural da atitude e do posicionamento»
Segundo Cláudio Pinto, os programas de ação visam «assumir Sines como catalisador da cooperação que achamos necessária existir na rede portuária nacional e logística» e por outro lado «desenvolver a sua atividade de forma sustentável, do ponto de vista ambiental e da eficiência». A meta é a de «capacitar o porto para uma mudança estrutural da atitude e do posicionamento, no sentido cooperativo, abrindo-se à comunidade, de ter maior envolvimento e de promover o crescimento da região», sustentando essa evolução numa «forte aposta na digitalização» e num «reforço do capital humano». Um porto capaz de «construir soluções inteligentes e resilientes», resumiu o responsável.
Para tal, Sines deve «perceber quais os parceiros, como é constituído o hinterland, como se articulam» todas as variáveis logísticas. «Queremos capitalizar o potencial que existe, quer no porto, quer na ZAL, criando condições de atratividade para diversificar as cargas movimentadas em Sines», explicou Cláudio Pinto, abrindo a porta a uma «reestruturação interna» que pautará o futuro da APS e do porto: «uma atitude mais cooperante, numa vertente comercial na participação no hinterland», acompanhada de «maior poder de decisão» por parte da autoridade portuária face «aos problemas que impactam o crescimento do porto». Na vertente digital, Sines seguirá a linha de evolução que tão bons resultados vem dando.
Digitalização: aposta na continuidade do bom trabalho já feito
«Vamos adotar uma linha de continuidade, capitalizando as boas iniciativas que a APS tem tido, de que são exemplos a Janela Única Portuária (JUP) e a Janela Única Logística (JUL). Queremos fazê-lo com uma clara aposta na Inovação e na abertura aos nossos stakeholders. É este o ecossistema que queremos criar, no sentido de criar soluções inovadoras que potenciem o Porto de Sines», declarou, abordando a digitalização. «Em Outubro teremos um marco importante: a entrada em funcionamento da JUL no Porto de Sines. Isso vai dar-nos uma base e sustentação tecnológica para que possamos escolher os aceleradores de inovação», rematou Cláudio Pinto.
In Revista Cargo