A firma de consultoria Alphaliner, no seu último relatório semanal, relata encomendas crescentes de navios de 7.000 TEU, após anos sem quase nenhuma encomenda de navios porta-contentores de tamanho médio.
A Alphaliner regista 58 encomendas de navios da classe de 7.000 TEU colocadas em carteira, até agora, neste ano. A tonelagem encomendada, que será entregue desde o início de 2023 até ao início de 2025, tem em vista dar resposta à crise que se vem registando no abastecimento global do pela falta de transporte de contentores, com as inerentes consequências por demais descritas, como a falta de componentes e matérias-primas nos mais diversos setores industriais
O fenómeno indica que estamos na presença da formação de um novo padrão de navios.
Estes navios podem operar em linhas interoceânicas de baixa capacidade ou como alimentadores e em cabotagem, aumentando a frequência e eficácia do transporte marítimo. A consultora estima que esta classe poderia suceder aos navios da primeira geração da classe pós-panamax*de 6.500 TEU. As rotas para as quais um panamax* é viável atualmente passaram assim a ser servidas por navios mais compactos de 7.000 TEU.
*Panamax é um termo que designa os navios que, devido às suas dimensões, alcançaram o tamanho limite para passar no Canal do Panamá até 2016. Após a ampliação do canal classificação pós-panamax tem sido atribuída praticamente apenas aos navios porta-contentores que são o mais largos possível, para um maior aproveitamento e rentabilização do custo de transporte.