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As exportações nacionais cresceram 3% em outubro, face a igual mês de 2020, para 5.611 milhões, enquanto as importações aumentaram 17,5% para 7.596 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes os números mostram um crescimento de 1% nas exportações e de 9,6% nas importações, indica o INE. Significa isto que o défice da balança comercial de bens aumentou 971 milhões em outubro, atingindo os 1.985 milhões de euros.

O aumento do preço dos combustíveis, mas não só, ajuda a explicar os números. “No que se refere à variação de preços e de salientar o crescimento homólogo no terceiro trimestre de 2021 dos índices de valor unitário das exportações e das importações de 10,8% e 12,5%, respetivamente. Excluindo os produtos petrolíferos, os índices de valor unitário aumentaram 8,4% nas exportações e 8% nas importações”, explica o INE. No trimestre anterior, o crescimento dos preços havia sido de 5,9% nas exportações e de 7,1% das importações ou de 4,1% e 3,3% sem os produtos petrolíferos.

No acumulado dos primeiros dez meses do ano, as exportações cresceram 17,9% face ao período homólogo e atingiram os 52.243 milhões de euros. Já as importações aumentaram 18,1% e ultrapassaram os 66.507 milhões de euros. Comparativamente ao período pré-pandemia, indica o INE que os valores de 2021 representam um aumento de 4,3% nas vendas ao exterior e uma diminuição de 0,8% nas importações.

Em termos de grandes categorias económicas de bens, destaque para o aumento de fornecimentos industriais, com um acréscimo de 19,8% face a outubro de 2020 e de 12,1% comparativamente ao mesmo mês de 2019, para um total de 1.928 milhões de euros, sobretudo devido aos produtos transformados, com destino a Espanha. Já o material de transporte, que inclui os automóveis, registou, em outubro, um decréscimo de 22% face ao mesmo mês do ano passado e de 17% comparativamente a 2019.

De janeiro a outubro, e face ao mesmo período de 2019, salienta o INE o acréscimo de fornecimentos industriais (+9,7%) e a quebra de 12,6% nas vendas ao exterior de material de transporte.

Já nas importações, em termos mensais o destaque vai para o aumento de fornecimentos industriais (+36,4% face a 2020 e 25,7% a 2019) e de combustíveis e lubrificantes, que registam um crescimento de 113,9% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 39,6% comparativamente a outubro de 2019, “refletindo o aumento dos preços”. Espanha foi o principal país de origem. Já em sentido contrário, o INE salienta o decréscimo de 17,7% face a 2020 e de 32,5% em relação a 2019 nas importações de material de transporte, em especial proveniente da Alemanha.

No acumulado do ano, e comparando com o mesmo período de 2019, o decréscimo da categoria de material de transporte foi de 32,7% enquanto os fornecimentos industriais cresceram 17,5%.

Quanto aos principais clientes e fornecedores da economia nacional, Espanha reforçou o seu peso: as exportações para o país vizinho cresceram 8% para 1.493 milhões de euros em outubro de 2021, enquanto as importações cresceram 20,3% para 2.590 milhões, principalmente por via dos combustíveis e lubrificantes. As exportações para França, Alemanha e Reino Unido caíram 2,7%, 3,3% e 10,2% respetivamente. Já vendas para os Estados Unidos cresceram 29,8% em outubro.

Ao nível das importações, as compras à Alemanha caíram 8,8%; França e Países Baixos cresceram 4,9% e 10,4%, respetivamente.

 

Ilídia Pinto

In Dinheiro Vivo